Museus em São Paulo: visitar um museu na capital paulista é uma das coisas mais legais para se fazer na cidade, já que ela tem vários museus interessantes. Conhecida como Terra da Garoa, a cidade é vibrante, agitada, cheia de atrações e os museus em São Paulo são uma parte importante dessas atrações.
Agora vamos considerar o seguinte: essa não é uma lista que tem qualquer sequência de preferência, ou seja, o primeiro museu não é, necessariamente, melhor que o segundo ou mesmo que o último, ok? Uma outra informação: aqui eu junto minhas experiências e impressões, com informações coletadas nos sites oficiais dos museus, para poder trazer um post bem completo para vocês.
Eu tenho os meus museus preferidos em São Paulo? Com certeza! Mas essa lista não segue essa sequência. Mas é claro que eu vou dizer quais são os meus preferidos, né? Bem, para mim, MASP, Museu do Ipiranga, Museu Afro-Brasil e Pinacoteca são os melhores museus de São Paulo, mas é claro que todos os museus que mencionaremos aqui valem – e muito – a visita!
Aliás, já aproveite e inscreva-se no nosso canal no YouTube que tem baste coisa legal por lá. E então, bora?
informações gerais
Eu vou colocar os endereços e informações sobre como chegar em cada um dos museus em São Paulo dos quais falaremos aqui. Caso você queira descobrir como chegar de ônibus até eles, você pode ligar para o telefone 156 da Prefeitura, informando origem e destino, ou fazer a pesquisa pelo site da SPTrans.
Eu também vou deixar o site de cada museu onde você vai poder consultar a programação deles e comprar seus ingressos com antecedência, caso tenha interesse. Importante salientar que você também pode comprar seus ingressos diretamente nas bilheterias dos museus.
Atenção
Todos os valores que aparecem nesse post são referentes a março de 2024!
1. Museu de Arte de São Paulo – Masp
Dos museus que eu conheço em São Paulo, o MASP é que eu mais amo visitar e sempre que posso, dou uma passadinha por lá quando estou na cidade. Por isso, começaremos nosso post por ele.
O MASP, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, é o primeiro museu moderno do país, tratando-se de uma instituição privada e sem fins lucrativos que foi fundada em 1947, pelo empresário brasileiro Assis Chateaubriand.
Entre os anos de 1947 e 1990, o crítico italiano Pietro Maria Bardi assumiu a direção do MASP a convite de Chateaubriand. As primeiras obras de arte do museu foram selecionadas por Bardi e adquiridas por doações da sociedade local, formando o mais importante acervo de arte europeia do Hemisfério Sul.
Hoje, a coleção reúne mais de 10 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias e vestuários de diversos períodos, abrangendo a produção europeia, africana, asiática e das Américas.
Inicialmente instalado na rua 7 de Abril, no centro da cidade, o museu foi transferido, em 1968, para a atual sede na Avenida Paulista.
A Paulista, avenida mais famosa de São Paulo, tem alguns prédios que a representam como o famoso prédio da Fiesp ou da Gazeta, mas o prédio mais famoso e o principal símbolo da Avenida Paulista é, sem sombra de dúvidas, o prédio do MASP. Eu arriscaria dizer que o prédio do MASP é um dos grandes símbolos da cidade de São Paulo, icônico!
O processo de construção da atual sede do MASP começou em 1958, obra que duraria dez anos até a sua conclusão. O projeto inovador do edifício suspenso, concebido pela arquiteta Lina Bo Bardi, tinha por objetivo preservar a vista do centro da cidade através do vale da Avenida Nove de Julho, ao ocupar o terreno do antigo Belvedere Trianon.
O Belvedere Trianon foi projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo e inaugurado em 1916. Dele se tinha uma bela visão do Vale do Anhangabaú inteiro. O local passou a ser o ponto de encontro da elite paulistana, juntamente com o Parque Trianon, que recebeu seu nome por causa do belvedere, construído em frente.
Utilizando como base vidro e concreto, Lina Bo Bardi criou uma arquitetura de superfícies ásperas e sem acabamentos luxuosos, que contempla leveza, transparência e suspensão. A esplanada sob o edifício, conhecida como “o vão livre do MASP”, foi concebida para tornar-se uma praça para uso da população e é local de reunião de diversos grupos que saem em passeata pela Avenida Paulista.
O MASP tem quatro andares: dois superiores e dois subterrâneos. No primeiro andar, ocorrem exposições temporárias, assim como nos dois andares subterrâneos.
Enquanto isso, no segundo andar do prédio estão as obras do “Acervo em Transformação”, que fazem parte da mostra de longa exposição do museu. Essas obras estão expostas em cavaletes, também idealizados por Lina Bo Bardi, e levam o expectador a caminhar pelas obras de arte em um caminho que vai da Contemporaneidade ao Renascimento.
O MASP, dentre os museus em São Paulo dos quais falaremos aqui, é um museu que possui um espaço aberto, fluido e permeável na sua galeria principal, o que oferece múltiplas possibilidades de acesso e de leitura. Retirar as telas das paredes e colocá-las nos cavaletes possibilita ao visitante caminhar entre elas como em uma floresta de obras que parecem estar suspensas no ar.
Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, o acervo do Museu vem sendo enriquecido e ampliado por meio de doações de pessoas físicas e de parcerias com empresas e instituições.
Ao caminhar pelo MASP visitando o seu acervo (a parte que mais gosto de visitar, pois sou apaixonada por diversas obras do museu) passamos por pinturas de artistas brasileiros como as maravilhosas obras “Criança Morta” e “Retirantes” de Candido Portinari, feitas em 1944. As obras, que fazem parte da série denominada “Retirantes” inscreveram na arte moderna a memória do sofrimento dos migrantes da seca.
Tarsila do Amaral com a obra “Figura Só” também está presente no museu. A personagem parece triste, solitária e isso se percebe mesmo sem se ver o seu rosto, já que o seu entorno é formado por uma atmosfera fria e inóspita.
Seu corpo tem o formato de uma lágrima e seus cabelos voam com o vento, que deveria ser gélido e talvez o prenúncio da chuva que se aproximava, tendo em vista a escuridão do céu. Essa é uma das obras que eu mais gosto de observar no MASP.
Obras de renomados artistas estrangeiros como Renoir, Van Gogh, Picasso, Delacroix, Segall, e os italianos renascentistas Botticelli e Rafael também estão presentes no MASP.
Das obras de artistas estrangeiros, as que mais gosto são as de Renoir, especialmente a obra “Rosa e Azul – As Meninas Cahen d’Anvers“. Essa obra retrata as meninas da família Cahen d’Anvers. Eu amo observar a diferença no rostinho das duas, paradas sabe-se lá Deus quanto tempo para a finalização da obra – observem a tranquilidade da menina de azul e uma certa agonia ma menina de rosa, provavelmente cansada de estar ali.
Um fato interessante é que em uma exposição da obra em 1987, na Suíça, um sobrinho da menina de azul a reconheceu e escreveu ao museu em São Paulo contando sobre o seu triste fim, ela havia morrido em um trem a caminho de um campo de concentração em Auschwitz em 1944, aos 69 anos de idade. Uma outra obra maravilhosa (de tantas maravilhas) é a obra de Rafael “Ressurreição de Cristo”.
O MASP ainda conta com um café, uma loja e um auditório, onde acontecem shows, espetáculos, palestras e outras atividades em seu palco.
Além disso, o museu conta com um Centro de Pesquisa que possui um dos principais acervos especializados em artes do Brasil e tem por objetivo preservar e oferecer acesso às publicações e à documentação do museu e sobre artes.
O MASP Escola oferece cursos livres e abertos a todos os interessados em artes, com ou sem formação na área. Os cursos são oferecidos na modalidade presencial e online e podem ser consultados no link acima.
Você pode adquirir seus ingressos na bilheteria do MASP ou com antecedência pela internet, no site oficial do MASP. Você deverá agendar o horário da sua visita. Mesmo nos dias de gratuidade é necessário fazer a reserva – ou comparecer na bilheteria do museu para adquirir seu ingresso.
Está em andamento o processo “MASP em expansão” com a construção de um prédio de 14 andares que irá aumentar a área do museu em 6.945 m² com novas galerias, salas de aula, reserva técnica, laboratório de restauro, restaurante, loja e áreas de evento, ampliando as atividades realizadas hoje e aumentando a capacidade de visitantes. O novo prédio está sendo construído na Avenida Paulista ao lado do atual prédio do MASP e contará com uma passagem subterrânea para ligar os dois prédios. A entrega do novo prédio está prevista para 2024.
Onde fica e como chegar
O MASP fica na Avenida Paulista, 1578. Indo de carro, há locais para estacionar na avenida e nas ruas nos arredores do museu (zona azul) e alguns estacionamentos privados também. As vagas na rua estão sempre ocupadas e os estacionamentos são caros! O ideal é ir de metrô. Indo de transporte público, a estação de metrô mais próxima é a Trianon-Masp, que fica em frente ao museu.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O MASP funciona das 10h às 18h, de quarta a domingo e das 10h às 20h às terças (fechado às segundas)
- A bilheteria abre às 9h
- A última entrada é às 17h de quarta a domingo e às 19h nas terças
- O ingresso custa R$ 60,00 (inteira)
- Entrada gratuita às terças e primeiras quintas de cada mês
- Você pode comprar seus ingressos online aqui ou adquiri-los na bilheteria (inclusive nos dias em que a entrada é gratuita, é obrigatório adquirir os ingressos)
2. Museu do Ipiranga
Dos museus em São Paulo dos quais falaremos aqui, o segundo é o Museu do Ipiranga. O Museu do Ipiranga é a sede do Museu Paulista, que integra a Universidade de São Paulo. O prédio onde hoje funciona o museu, construído entre 1885 e 1890, foi projetado para ser um monumento em comemoração à Proclamação da Independência.
O museu, construído em estilo neoclássico, é o mais bonito de São Paulo, com certeza e ficou fechado de 2013 a 2022, passando, durante esse período, 3 anos em obras. Reaberto com o dobro de área construída e o triplo de capacidade expositiva, esse é um novo Museu do Ipiranga.
Em 1990, o Museu se especializou em história e cultura material, e hoje desenvolve pesquisas em torno dos eixos temáticos do cotidiano e sociedade, universo do trabalho e história do imaginário.
O museu conta com exposições temporárias e exposições de longa duração. Para acompanhar a programação, basta acessar o site oficial do Museu do Ipiranga.
Muito do que é exposto no museu diz respeito à cidade e ao estado de São Paulo, afinal estamos falando do Museu Paulista, mas há também exposições referentes à história do Brasil.
O interior do museu é lindíssimo e as instalações são super modernas, contando com banheiros e bebedouros em todos os andares, além de escadas e elevadores para acesso aos três andares do museu.
A escadaria principal, logo na entrada do museu, após a escada rolante, é um dos grandes destaques do lugar, contando com imagens de Dom Pedro I e outros personagens importantes no processo de independência do Brasil. Esse é um lugar que, em todos os ângulos possíveis, rende ótimas fotos!
O Salão Nobre, considerado o ambiente mais importante do Museu do Ipiranga, está localizado no centro do edifício. Ele foi projetado para abrigar a grande pintura denominada “Independência ou Morte”.
A obra é de autoria do artista paraibano Pedro Américo de Figueiredo e Mello e foi realizada na cidade de Florença, na Itália e terminada em 1888. Em 1895, quando o museu foi aberto ao público, a pintura já estava posicionada no Salão Nobre, exatamente onde ainda está até hoje.
No último andar existe um mirante que garante vistas muito bonitas dos jardins do museu, bem como de toda a área externa que o circunda, além da linda vista da cidade de São Paulo.
Aliás, caminhe pelo museu observando através de suas janelas e confira as vistas que elas sempre garantem.
Na área externa do Museu do Ipiranga fica o Parque da Independência, que se estende da frente do museu até o outro lado da Rua dos Patriotas, chegando até o maravilhoso Monumento à Independência.
O Monumento fica às margens do riacho do Ipiranga, onde D. Pedro I teria proclamado a independência do Brasil. O Monumento é muito, mas muito bonito e muito grande! A vista do museu a partir do Monumento à Independência é muito bonita também.
O Monumento à Independência foi criado em 1922 como parte das comemorações do centenário da emancipação política brasileira. No subsolo do Monumento está a Cripta Imperial, onde estão os restos mortais de D. Pedro I e suas duas esposas.
Em frente ao museu existem duas fontes muito bonitas, que ficam jorrando água de forma sincronizada formando uma bela composição com o prédio do museu.
Jardins muito bem cuidados e bancos para se dar uma sentadinha sob a sombra e comer alguma coisa antes de entrar no museu estão nos arredores da entrada do prédio principal.
Esse é um dos museus em São Paulo em que vale a pena chegar cedo, dar uma volta nos arredores – jardins, Parque da Independência, Monumento à Independência e sua Cripta – e depois entrar no museu.
A entrada e a bilheteria ficam próximas às fontes, em uma área abaixo da grande escadaria do prédio.
Na lateral esquerda do museu, olhando de frente para o prédio, fica o Sítio Arqueológico Instituto Bom Pastor. Ali, além de um parquinho, uma bela pista de skate, bancos e áreas de caminhada, fica a Casa do Grito.
A Casa do Grito era um ponto de parada de tropeiros que vinham da vila de São Vicente e Santos, pelo Caminho do Mar. O Caminho do Mar era uma estrada que ligava o litoral à cidade de São Paulo. Utilizada desde meados do século XVI, foi essa estrada que D. Pedro utilizou para chegar a São Paulo, vindo de Santos, quando em 7 de setembro de 1822 declarou a nossa independência.
Onde fica e como chegar
O Museu do Ipiranga fica na Rua dos Patriotas, 20, Ipiranga. Indo de carro, há locais para estacionar nas ruas nos arredores do museu (zona azul) e alguns estacionamentos privados também – nós paramos em um estacionamento na Avenida Nazaré. Indo de transporte público, as estações de metrô mais próximas são as estações Alto do Ipiranga e Sacomã.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O museu funciona das 10h às 17h, de terça a domingo (fechado às segundas)
- A bilheteria abre às 9h
- A última entrada é às 16h
- O ingresso custa R$ 30,00 (inteira)
- Entrada gratuita às quartas, primeiros domingos de cada mês e nos feriados do aniversário da cidade de São Paulo (25/01) e da independência (07/09)
- Você pode comprar seus ingressos online aqui ou adquiri-los na bilheteria (ingressos nos dias de gratuidade, só podem ser retirados na bilheteria)
3. Museu de Zoologia da USP – MZUSP
Na Avenida Nazaré, que circunda o Museu do Ipiranga, você também vai encontrar o Museu de Zoologia da USP. Portanto, uma boa ideia é visitar os dois museus em um mesmo dia.
O Museu de Zoologia da USP é um dos museus em São Paulo que eu acho muito, mas muito gostoso de visitar, especialmente se você vai com crianças ou se você gosta de museus de história natural, porque é isso mesmo o que o MZUSP é!
O Museu de Zoologia é detentor de um dos maiores acervos zoológicos da América Latina e cumpre um papel crucial no desenvolvimento do conhecimento acerca da biodiversidade brasileira e global.
Esse patrimônio é fonte de dados importantes em biologia evolutiva, paleontologia, ecologia, e biologia molecular. Aliás, o tema principal do museu é: biodiversidade, conhecer para preservar.
O MZUSP tem como principal atividade compreender padrões e processos da biodiversidade brasileira. Aliás, você sabia que o museu é guardião de uma das maiores coleções de nossa fauna? Sendo o Brasil um país megadiverso, que abriga cerca de 20% de toda a biodiversidade do planeta, dá para imaginar que tem bastante coisa para se ver por lá, né?
Animais empalhados de diversas espécies podem ser encontrados entre os itens presentes no rico acervo do museu. Mas apesar do extenso acervo, a visita ao MZUSP não é muito demorada e em cerca de 1 hora, 1 hora e meia é possível dar uma boa explorada nos espaços.
Você também vai encontrar alguns esqueletos de dinossauros reconstruídos por meio da osteologia. A reconstrução osteológica dos dinossauros é basicamente o processo científico de remontagem da estrutura óssea desses dinossauros com base em fósseis encontrados.
Ainda chama a atenção, dentro de tantas coisas legais e mega interessantes para serem vistas nesse museu, o esqueleto de uma preguiça gigante, que viveu no período Quaternário (2,6 a 0,01 milhão de anos atrás) em países como o Brasil, Peru, Chile e Bolívia, bem como o esqueleto de um Tigre Dentes de Sabre (sabe aquele do filme “A Era do Gelo”, o Diego?). Ambos também montados através da reconstrução osteológica.
Há um espaço bem legal no museu onde animais de diversos biomas são apresentados: animais da Caatinga, da Floresta Atlântica, dos Pampas, do Pantanal e da Floresta Amazônica, além de animais que vivem nas águas continentais, subterrâneas, bem como nos oceanos.
De tantos animais maravilhosos que estão no museu, o Tigre de Bengala é um dos que mais chama a atenção, pelo tamanho e beleza que ele exibe. E nós tivemos a imensa alegria de ver esse bicho maravilhoso em um safári que fizemos na Índia em 2023.
Enfim, esse é um dos museus em São Paulo que vale muito, mas muito a visita e se você está viajando com crianças, eu diria que essa é uma visita indispensável – e com um detalhe: a entrada é gratuita todos os dias para todos. Não dá para perder, né?
Onde fica e como chegar
O Museu de Zoologia da USP fica na Avenida Nazaré, 481, bem pertinho do Museu do Ipiranga. Indo de carro, há locais para estacionar nas ruas nos arredores do museu (zona azul) e alguns estacionamentos privados também – nós fomos em um sábado e conseguimos parar o carro em uma rua bem pertinho do museu. Indo de transporte público, as estações de metrô mais próximas são as estações Alto do Ipiranga e Sacomã.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O museu funciona das 10h às 17h, de terça a domingo (fechado às segundas)
- Entrada gratuita todos os dias
4. Museu de Arte Moderna – MAM
Os próximos três museus em São Paulo dos quais falaremos na sequência ficam no Parque do Ibirapuera. Na verdade, os dois primeiros ficam no parque (MAM e Museu Afro Brasil) e o terceiro (MAC USP) fica ao lado do parque.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma das mais importantes instituições culturais do Brasil.
Localizado em um edifício inserido no conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer e reformado por Lina Bo Bardi em 1982 para abrigar o museu, o MAM é uma das grandes atrações do Parque do Ibirapuera.
O acervo conta hoje com mais de 5.000 peças, a maioria produzida por artistas brasileiros. Observe-se que essas obras não estão todas expostas no museu – como ocorre em todos os museus – contando o local com mostras temporárias, apresentado obras muitas vezes emprestadas de outros museus e artistas.
O MAM conta com quatro áreas expositivas – sendo três salas (sala Milú Villela, sala Paulo Figueiredo e a sala de vidro) mais o Projeto Parede – e uma biblioteca. Aliás, o MAM possui uma das maiores bibliotecas especializadas em arte da cidade de São Paulo, com mais de 60.000 volumes.
O museu ainda mantém o Jardim das Esculturas, um espaço de 6.000 metros quadrados projetado por Roberto Burle Marx, onde são expostas obras a céu aberto. Ali estão expostas 30 esculturas que fazem parte do acervo do museu.
No museu ainda funciona o Auditório Lina Bo Bardi, onde peças teatrais, especialmente infantis, são apresentadas, além de uma loja e um restaurante, o Restaurante do MAM.
Onde fica e como chegar
O MAM fica dentro do Parque do Ibirapuera. Indo de transporte público, a estação de metrô mais próxima é a estação AACD/SERVIDOR (Linha 5 – Lilás) que fica a cerca de 1 km do parque. Mas você também pode chegar pelas estações Santa Cruz, Vila Mariana, Ana Rosa, Paraíso e Brigadeiro.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O museu funciona das 12h às 18h, de terça a domingo (fechado às segundas)
- O ingresso custa R$ 30,00 (inteira)
- Entrada gratuita aos domingos
- Para mais informações e aquisição de ingressos, acesse o site oficial do MAM.
5. Museu Afro Brasil – MAB
Dos nossos museus em São Paulo, o quinto é o Museu Afro Brasil Emanuel Araújo. O MAB é um museu histórico, artístico e etnológico, voltado à pesquisa, conservação e exposição de objetos relacionados ao universo cultural e à influência africana na sociedade brasileira.
O MAB funciona desde 2004 no Pavilhão Manoel da Nóbrega, edifício integrante do conjunto arquitetônico do Parque do Ibiraquera, concebido na década de 1950 por Oscar Niemeyer.
Esse é um dos meus museus preferidos em São Paulo e não é para menos: o museu tem um acervo riquíssimo e é uma verdadeira viagem no tempo andar pelas obras que estão expostas.
O museu conserva um acervo de aproximadamente 8 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XV e os dias de hoje.
Atualmente, o acervo está divido em 6 núcleos: África – Diversidade e Permanência; Trabalho e Escravidão; As Religiões Afro-Brasileiras; O Sagrado e o Profano; História e Memória e Artes Plásticas – a Mão Afro Brasileira.
O museu também oferece diversas atividades culturais e didáticas, exposições temporárias, conta com um teatro e uma biblioteca especializada, a Biblioteca Carolina Maria de Jesus.
O MAB é um dos museus mais incríveis de São Paulo e com certeza merece uma visita! E reserve pelo menos de 2 a 3 horas para explorar bem o local, ok?
Onde fica e como chegar
O Museu Afro Brasil fica dentro do Parque do Ibirapuera. Indo de transporte público, a estação de metrô mais próxima é a estação AACD/SERVIDOR (Linha 5 – Lilás) que fica a cerca de 1 km do parque. Mas você também pode chegar pelas estações Santa Cruz, Vila Mariana, Ana Rosa, Paraíso e Brigadeiro.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O museu funciona das 10h às 17h, de terça a domingo (fechado às segundas)
- O ingresso custa R$ 15,00 (inteira)
- Entrada gratuita às quartas-feiras
- Você pode comprar seu ingresso e obter mais informações sobre as programações no site oficial do Museu Afro-Brasileiro.
6. Museu de Arte Contemporânea – MAC
Dos museus em São Paulo que vamos explorar aqui, nosso sexto museu é o Museu de Arte Contemporânea da USP. O Museu de Arte Contemporânea, criado em 1963 quando a Universidade de São Paulo recebeu o acervo do antigo MAM de São Paulo, é uma instituição ligada ao ensino, à pesquisa e à extensão universitária, voltado à produção artística nacional e estrangeira.
Instalado em 2012 no complexo arquitetônico (também) criado nos anos 1950 pelo arquiteto Oscar Niemeyer – onde por muitos anos funcionou o DETRAN/SP, ao lado do Parque do Ibirapuera – o MAC USP possui um acervo de cerca de 10 mil obras, entre pinturas, gravuras, fotografias, arte conceitual, objetos e instalações.
O museu conta com mostras permanentes (ou semi-permanentes) e temporárias, que apresentam peças de seu acervo, contando, também, com obras muitas vezes emprestadas de outros museus e artistas.
O MAC é considerado um centro de referência de arte moderna e contemporânea, brasileira e internacional, mantendo à disposição de estudantes, especialistas e do público em geral uma biblioteca e um importante arquivo documental.
O prédio conta com oitos andares: o térreo e o mezanino são destinados à circulação e recepção. No térreo ainda encontram-se a biblioteca e no mezanino, a livraria Edusp e um café bem charmoso.
No 1º andar funciona a área administrativa, a área acadêmica com biblioteca e o auditório Walter Zanini, com capacidade para 152 pessoas e que recebe palestras e cursos ministrados especialmente pela USP.
Do 2º ao 7º andar ocorrem as exposições fixas e itinerantes e no último andar, o 8º, funciona um restaurante com vista panorâmica do Parque do Ibirapuera, o Vista Restaurante e Bar. Além disso, no 8º andar, há um terraço com vista panorâmica do parque e dos arredores do Ibirapuera.
Em exposição até 19/03/2028 e ocupando o 6º e o 7º andar do prédio, está “Tempos Fraturados”. Expondo itens da coleção permanente do museu, nesta exposição o visitante pode compreender as principais características do acervo, ao mesmo tempo em que a coleção pode ser revisitada e atualizada a partir de questões contemporâneas.
Fotografias sempre me encantam e um conjunto de fotografias do artista Luiz Braga expostas no sexto andar são, para mim, um dos destaques da exposição. Na próxima foto duas das imagens expostas: a primeira delas, “Mulher de branco na venda” de 1988 e a segunda, “Menino e a bicicleta” de 1991.
Um outro destaque fica por conta de um conjunto de retratos feitos pelo artista Flávio de Carvalho na série “Minha mãe morrendo” onde ele registrou os instantes que antecedem o mistério da morte, ainda um grande tabu em nossa sociedade e que acaba sempre chocando o observador.
Eu fiquei observando essas imagens e me lembrei de uma viagem que fizemos pelo Nepal e pela Índia e de como os hindus lidam com esse momento de forma tão diferente de nós, como eles se relacionam com o corpo já sem vida de forma mais próxima e mais harmoniosa.
Obras como a “A Negra” de Tarsila do Amaral e “Perfil de Zulmira” de Lasar Segall também podem ser vistas nessa exposição que vai até 2028. E para acompanhar toda a programação do museu, basta acessar o site oficial do MAC.
Onde fica e como chegar
O MAC fica na Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301, bem em frente ao Parque do Ibirapuera. Há estacionamento gratuito para os visitantes do museu. Indo de transporte público, a estação de metrô mais próxima é a estação AACD/SERVIDOR (Linha 5 – Lilás) que fica a cerca de 1 km do Parque do Ibirapuera. Mas você também pode chegar pelas estações Santa Cruz, Vila Mariana, Ana Rosa, Paraíso e Brigadeiro.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O museu funciona das 11h às 21h, de terça a domingo (fechado às segundas)
- Entrada gratuita todos os dias
7. Pinacoteca
Dos museus em São Paulo que estamos apresentando aqui, o espaço onde está instalada a Pinacoteca seja, talvez, no conjunto, um dos mais bonitos de todos. Localizado ao lado do charmoso Parque da Luz, o edifício que abriga o museu rende lindas fotos, tanto de suas áreas externas como internas.
A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais voltado para a produção brasileira concebida desde o século XIX até a Contemporaneidade. Fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, a Pinacoteca é o museu de arte mais antigo da cidade. E, desde então, vem realizando mostras de sua renomada coleção de arte brasileira e exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais.
Atualmente seu acervo conta com cerca de 11 mil peças, dentre as quais estão trabalhos de importantes artistas brasileiros como Anita Malfatti, Lygia Clark, Tarsila do Amaral, Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Candido Portinari, Oscar Pereira da Silva, entre outros.
A Pinacoteca, na verdade, é composta por três edifícios, localizados no centro de São Paulo: a Pina Luz, a Pina Estação e a Pina Contemporânea, inaugurada em março de 2023.
A Pina Estação ocupa o prédio do antigo armazém central da Estrada de Ferro Sorocabana, um amplo edifício construído em 1914 por Ramos de Azevedo e que foi também sede do Departamento de Ordem Política e Social (DEOPS) entre 1942 e 1983. O edifício se localiza no Complexo Cultural Júlio Prestes, conectado com a Sala São Paulo e a São Paulo Escola de Dança.
O prédio possui 6 andares, cerca de 8000 metros quadrados de área, um café e um auditório. Exposições temporárias ocupam 2 andares do prédio enquanto os demais recebem a programação do Memorial da Resistência de São Paulo, uma instituição cultural dedicada aos direitos humanos por meio da preservação e musealização das memórias da resistência e da repressão políticas do Brasil republicano.
A Pina Contemporânea é um espaço com praça pública para atividades artísticas e culturais, duas galerias para exibição de obras em grandes formatos, ateliês para atividades educativas, biblioteca e centro de documentação e memória (CEDOC), além de loja, auditório, mirante e espaço de acolhimento.
A Pina Luz está no maravilhoso edifício que já foi ocupado pelo Liceu de Artes e Ofícios e é a primeira sede da Pinacoteca de São Paulo. Projetada no final do século XIX pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo – o mesmo que projetou o prédio da Pina Estação, a Casa das Rosas, na Paulista, o Teatro Municipal e o Mercado Público de São Paulo, dentre outros.
Ao lado da construção está o Parque da Luz, criado em 1798 e aberto ao público em 1825, tornando-se um espaço de lazer da população paulistana. Hoje, o parque abriga ao ar livre esculturas de grande porte do acervo da Pina.
E, gente, é uma delícia dar uma caminhada pelo parque, observando tanto as obras espalhadas por ele, como aproveitando as áreas verdes do parque que contam com lindas e frondosas árvores, além de fontes e áreas de convivência.
Aproveite a caminhada para visitar a Pina Contemporânea – que também tem acesso pelo parque – mesmo que seja para dar apenas uma olhada no espaço – caso não tenha nenhuma exposição que te chame atenção por ali. Suba as escadarias que levam ao pequeno mirante do prédio para uma vista bem bacana do Parque da Luz.
E na volta, uma das vistas mais bonitas do prédio da Pina Luz te espera: admire a construção por trás de uma bela fonte e muito verde ao redor.
Bem, todos os prédios da Pinacoteca valem uma visita, mas aqui falaremos especialmente da Pina Luz, o primeiro dos três (e mais bonito) prédios do museu. E isso porque, além de ser o primeiro e mais bonito prédio da Pinacoteca, é nele que está exposta uma boa parte do acervo do museu.
Ocupando 19 salas da Pina Luz, com cerca de mil obras de mais de 400 artistas, podemos fazer uma verdadeira viagem pelo acervo do museu – além de encontrarmos algumas obras que estão em comodato no museu, como é o caso da obra da artista Adriana Varejão.
Obras como “Antropofagia” de Tarsila do Amaral e a lindíssima obra “O Mestiço” de Cândido Portinari podem ser observadas na Pina Luz.
Além dessa grande exposição de longa duração, a Pina Luz também conta com exposições temporárias, como a exposição “Caminho de Guaré” (março/setembro de 2024) do artista José Bento, que foi concebida para ser exibida no espaço do Octógono da Pinacoteca.
Bem cheio aos sábados, por ter entrada gratuita, vale a pena uma boa e calma caminhada pelas centenas de obras que ocupam as salas do museu.
Eu diria que o ideal seria você separar metade de um dia, pelo menos, para uma visita calma, sem pressa. Na outra metade do dia, você pode visitar o Museu da Língua Portuguesa e o Museu de Arte Sacra – dois museus em São Paulo dos quais falaremos já já e que ficam bem pertinho uns dos outros.
Onde fica e como chegar
A Pina Luz fica na Praça da Luz, 2, ao lado do Parque da Luz. A Pina Contemporânea fica na Avenida Tiradentes, 273. Você acessa a Pina Contemporânea, saindo da Pina Luz, a pé por dentro do parque. Atenção pois a passagem entre Pina Luz e Pina Contemporânea é fechada às segundas-feiras, pois o Parque da Luz está fechado nesse dia. A Pina Estação fica no Largo General Osório, 66 a cerca de 400 metros da Pina Luz.
Para chegar em todas, indo de carro, você pode estacionar o seu carro no prédio da Pina Luz – aos sábados há uma fila bem grande para entrar no estacionamento e você pode ter que esperar um bom tempo para conseguir entrar – portanto pode ser uma boa ideia procurar algum estacionamento nas redondezas. Na Avenida Tiradentes, bem pertinho da Pinacoteca, tem alguns disponíveis. Indo de metrô, basta descer na estação da Luz.
Horário de funcionamento e quanto custa
- A Pinacoteca funciona das 10h às 18h, de quarta a segunda (fechado às terças)
- Às quintas, na Pina Luz, o horário é estendido: das 10h às 20h (com entrada gratuita à partir das 18h). Cuidado ao se deslocar pela região à noite, pois pode ser perigoso!
- O ingresso tem o custo de R$ 30,00 (inteira)
- Entrada gratuita na Pina aos sábados
- Para consultar a programação da Pinacoteca e para comprar seus ingressos, basta clicar aqui
8. Museu da Língua Portuguesa
Dos nossos museus em São Paulo, o oitavo é o maravilhoso Museu da Língua Portuguesa. Ele foi aberto em 2006 e funciona na Estação da Luz, um dos principais pontos de passagem dos imigrantes que chegavam ao país lá pelos idos do século XIX. Construída em 1901, a estação é considerada patrimônio cultural nacional, estadual e municipal.
Infelizmente, no final de 2015 um incêndio destruiu o museu, que ficou fechado para reformas até 2021, quando foi reaberto ao público, muito mais moderno e tecnológico.
O Museu da Língua Portuguesa foi um dos museus em São Paulo que nós visitamos e que nos surpreendeu muito positivamente. A gente não para muito para pensar em como nosso idioma é rico e em como todo o processo da comunicação é complexo até, efetivamente, sermos convidados para essa reflexão.
E é exatamente isso o que o Museu da Língua Portuguesa faz: ele nos convida a viajar pela história da nossa língua de uma forma tão interativa e interessante, apresentando-a como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção, que o difícil é querer sair de lá de dentro.
O Museu da Língua Portuguesa conta com três andares, mais o térreo. No térreo fica a loja do museu e um café, o Flor Café. Nós almoçamos nele e a comida estava simplesmente maravilhosa! Uma boa dica se você pretende passar o dia pela região para visitar a Pinacoteca e o Museu de Arte Sacra é comer por lá.
Para acessar o museu em si, você pega um elevador assim que faz a validação do seu ingresso. No primeiro andar ocorrem as exposições temporárias do museu. O segundo e o terceiro andares abrigam a exposição principal do museu. Eu indicaria que você começasse a sua visita pelo terceiro andar.
Nele, você já se depara com diversos painéis onde é possível pegar um fone para ouvir diversos sotaques do português, tanto falado por brasileiros de diversas localidades como por estrangeiros que aprenderam o idioma. Ali, não são apresentados apenas os sotaques, mas vocabulários e visões de mundo diversas expressas através da língua.
Uma ótima opção e que você não deveria perder acontece no auditório do terceiro andar: um curta de Carlos Neder que nos leva por uma viagem ao mundo da fala, da língua e da comunicação de uma forma em geral.
Depois do pequeno vídeo, você vai seguir para a Praça das Línguas, ou o Planetário das Línguas. Ali contemple uma seleção de textos da literatura e da música brasileiras em um espetáculo de som e luz projetado no telhado do Museu da Língua Portuguesa. Gente, é uma grande experiência!
As sessões do curta e da apresentação da Praça da Língua ocorrem a cada 45 minutos com a primeira sessão acontecendo às 09h15 e a última às 16h45 – bom conferir no dia no museu se houve alguma alteração. Para acessar tanto o auditório como a Praça das Línguas é necessário pegar um ingresso que fica disponível com alguns monitores por ali. Não é necessário pagar nenhum valor extra para a retirada dos ingressos. Eles só precisam fazer um controle, pois há lugares limitados no auditório.
Por fim, ainda no terceiro andar, assim que deixar a Praça da Língua, você vai chegar ao Terraço da Estação da Luz, onde terá uma vista privilegiada dos arredores, especialmente do Parque da Luz – onde fica a Pinacoteca. Você também pode acessar o terraço vindo do segundo andar do museu.
Aproveite a chance de observar a torre histórica da Estação da Luz de perto e ouvir o som das suas badaladas que ocorrem a cada 30 minutos. No terraço existe um café, caso você queira aproveitar um pouco mais a paisagem.
Saindo do terraço, desça as escadas para acessar o segundo andar. Nele explore a história do português do Brasil, bem como conheça mais sobre palavras e expressões que foram introduzidas no Brasil por meio da influência de outros povos.
O espaço é bem grande e bem interessante. Vale a pena explorar os totens espalhados pela sala para descobrir diversas curiosidades sobre nossa língua. Enfim, visitar o Museu da Língua Portuguesa é uma diversão para toda a família, com certeza! No final, caso esteja acontecendo alguma exposição temporária, basta descer para o primeiro andar para finalizar a sua visita.
Onde fica e como chegar
O Museu da Língua Portuguesa fica no prédio histórico da Estação da Luz e a maneira mais fácil para chegar até lá é de metrô ou de trem, com certeza. No entanto, se desejar ir de carro, há diversos estacionamentos nos arredores.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O Museu da Língua Portuguesa funciona das 9h às 16h30, de terça a domingo (fechado às segundas)
- O ingresso tem o custo de R$ 20,00 (inteira)
- Entrada gratuita aos sábados
- Para consultar a programação do Museu da Língua Portuguesa e para comprar seus ingressos, basta clicar aqui.
9. Museu de Arte Sacra – MAS
O Museu de Arte Sacra é dos museus em São Paulo que eu, particularmente, gosto muito. Isso porque eu curto bastante esse tipo de arte: pinturas, esculturas e tudo o que envolve o sacro. Creio que por gostar muito de estudar o Renascimento, acabei desenvolvendo uma certa simpatia por esse tipo de obra.
Portanto, esse é um passeio que eu realmente indico, mas se você não curte arte sacra, essa não vai ser a sua praia, definitivamente! A mesma linha de raciocínio podemos estabelecer com o último dos museus em São Paulo do qual falaremos aqui: o Museu do Futebol. Se você não curte futebol, não tem muito sentido a visita, né?
Bem, o MAS ocupa uma área do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, também conhecido como Mosteiro da Luz, ainda em plena atividade, onde vivem as Monjas Concepcionistas, e a antiga Casa do Capelão, onde, desde 1999, está exposto o acervo de presépios do museu. Existe ainda uma Sala MAS, que fica dentro do metrô Tiradentes (linha azul) e que recebe exposições temporárias do museu.
O Mosteiro da Luz foi fundado em 1774 por Frei Galvão, que projetou e trabalhou na construção do mosteiro. Em 1943, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) tombou o mosteiro. Além disso, o mosteiro é um dos mais antigos e bem conservados edifícios coloniais da cidade de São Paulo.
No complexo do mosteiro, além do Convento das Irmãs, do Museu e da Casa do Capelão, também encontramos a bela Capela de Frei Galvão, ou Capela Nossa Senhora da Luz. Dentro da capela encontra-se o túmulo do Frei Galvão.
O acervo do museu começou a ser formado por Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo, que a partir de 1907 começou a recolher imagens sacras de igrejas e pequenas capelas de fazendas que sistematicamente eram demolidas após a proclamação da República.
Hoje, o museu conta com um rico acervo de peças do patrimônio artístico e histórico-cultural religioso brasileiro e mundial. O museu não é muito grande e em cerca de uma hora é possível dar uma boa passeada por ele.
Exposições de longa-duração expõem o acervo do MAS e nos fazem caminhar pela história da Igreja Católica através dos séculos. Uma obra de Aleijadinho e esculturas de Victor Brecheret formando a obra “Via Crucis” podem ser observadas no museu.
A Sala da Luz, um dos lugares que achei mais bonitos no MAS, guarda obras e itens de época e muito bem conservados de antigas igrejas da cidade.
Exposições temporárias também têm lugar no museu como a exposição “Águas brasileiras” que visitamos quando estivemos por lá em abril de 2024.
Por fim, ao visitar o MAS, não deixe de conferir a Casa do Capelão, que abriga o lindíssimo Presépio Napolitano. As peças que compõem o presépio foram confeccionadas e trazidas da Itália, remontando uma vila napolitana do século XVIII.
O conjunto de 1.600 peças propicia uma verdadeira viagem no tempo e no espaço. Além da tradicional cena da natividade de Jesus de Nazaré, as peças representam diversos profissionais urbanos (como ferreiro, sapateiro, barbeiro, verdureiro, entre outros), pastores, homens do campo, além de objetos, utensílios e móveis.
Dentro do museu tem um pátio com uma fonte super charmosos e que valem umas fotos. O museu tem a forma de um quadrado e esse pátio fica bem no meio, portanto você terá alguns ângulos diferentes dele pelo percurso.
Na área externa do museu, veja algumas réplicas de obras de Aleijadinho e, se quiser, aproveite para tomar um cafézinho no café do complexo. Uma lojinha de artigos religiosos também está disponível por ali.
Onde fica e como chegar
O Museu de Arte Sacra fica na Avenida Tiradentes, 676, bem pertinho da Pinacoteca e do Museu da Língua Portuguesa. Se você estiver vindo da Pinacoteca, basta atravessar o Parque da Luz e sair perto do prédio da Pina Contemporânea. Se vier de metrô, a estação mais próxima é a Tiradentes, linha azul. Indo de carro, há estacionamento gratuito no MAS para os visitantes. A entrada para o museu e para o estacionamento, no entanto, não se dá pela Avenida Tiradentes, mas por uma rua lateral, a Rua Dr. Jorge Miranda.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O MAS funciona das 9h às 17h, de terça a domingo (fechado às segundas)
- O ingresso tem o custo de R$ 6,00 (inteira)
- Entrada gratuita aos sábados
- Para consultar a programação do MAS e para comprar seus ingressos, basta clicar aqui.
10. Museu da Imigração – MI
Dos museus em São Paulo que estamos explorando, o Museu da Imigração é o décimo da nossa lista. Ele fica no prédio onde funcionava a Hospedaria do Brás, que recebeu milhares de migrantes na cidade de São Paulo, tanto de outros lugares do Brasil como do exterior. O MI conta a história dessas pessoas, na tentativa de compreender e refletir sobre o processo migratório não apenas em São Paulo, mas de e para qualquer outro lugar.
Entre o século XIX e a Primeira Grande Guerra Mundial, cerca de 50 milhões de pessoas migraram para as Américas e o Brasil foi o quarto país a receber mais estrangeiros no período. Assim, as hospedarias no Brasil começam a ser construídas no final do século XIX: foram mais de 30 delas espalhadas pelo país.
Além disso, com o enriquecimento de São Paulo por causa do café, também em meados do século XIX, muitos trabalhadores foram necessários para a construção de uma cidade que demandava cada vez mais mão de obra.
A hospedaria do Brás não apenas recebia os migrantes como funcionava como agenciadora de mão de obra e proporcionava meios de transporte dos migrantes aos seus postos de trabalho.
Lembremo-nos também dos muitos estrangeiros que foram trazidos “enganados” para o Brasil com a promessa de ganharem terras e no final acabavam cheios de dívidas e pedindo ajuda a seus países de origem para retornar, como aconteceu com muitos italianos. Isso se deu especialmente após a abolição da escravatura, quando os senhores de terras negavam-se a contratar os negros que tinham sido libertados.
Além disso, o país passava por um período em que a elite buscava o “embranquecimento” da população, por isso também a demanda por trabalhadores estrangeiros, especialmente europeus.
Uma boa parte da história das migrações está contada no museu com a apresentação de documentos em um ambiente super interativo e interessante. Visitar o MI é uma experiência válida e uma boa oportunidade para conhecer um pouco dessa parte da nossa história.
A área que fica no primeiro andar do prédio abriga a exposição de longa duração do museu, que apresenta o acervo do MI: “Migrar: experiências, memórias e identidades”. Em oito módulos, a exposição aborda o processo migratório como um fenômeno permanente na história da humanidade e apresenta a história da própria hospedaria. No térreo, funciona o espaço para exposições temporárias.
Além das exposições de longa duração e temporárias, o Museu da Imigração conta com eventos, oferece cursos e promove a Festa do Imigrante. Para ficar por dentro de toda a programação, basta clicar aqui.
Na área externa do museu fica o seu belo jardim. Com cerca de 2900m2, o jardim do Museu da Imigração conta com várias espécies de árvores e plantas. O espaço disponibiliza mobiliários rústicos para os visitantes e permite encontros, piqueniques, leituras e práticas de yoga. O gramado é também utilizado para diversas programações culturais, como apresentações de música, dança, cinema e teatro.
Nas proximidades do jardim você encontra o café e a loja do museu. O café tem um estilo vintage e um ambiente bastante acolhedor. Além disso, o MI conta com um auditório destinado a palestras, workshops, seminários e apresentações gerais, equipado com 96 lugares.
Um dos grandes destaques do Museu da Imigração é a sua estação ferroviária e o passeio de Maria-fumaça. A Hospedaria de Imigrantes do Brás recebeu pessoas de todas as regiões do Brasil e de diversos países, ao longo dos mais de 90 anos de funcionamento. Muitos migrantes e imigrantes, ao desembarcarem no porto de Santos, seguiam de trem até a estação da Hospedaria do Brás e já desembarcavam diretamente nela.
Para recriar a experiência daqueles que faziam esse percurso, os passeios de Maria-fumaça são acompanhados por monitores que contam um pouco da história da locomotiva. O passeio consiste em um trajeto de três quilômetros entre as estações Mooca e Brás, que dura aproximadamente 30 minutos. A Maria-fumaça vai em uma linha paralela à linha do trem de passageiros de São Paulo.
O passeio é bem interessante e a gente vai passando por outras locomotivas que estão como que em um museu a céu aberto. Se você decidir fazer o passeio, dê preferência pelos assentos do lado direito do trem – os que ficam virados para a plataforma – os assentos 1, 2, 5, 6, 9 e 10 são ótimas opções.
E se você quiser tirar umas fotos de época, o Museu da Imigração é o lugar para isso. Há um espaço onde você pode tirar fotografias à moda antiga, com roupas e ambientação especiais. O estúdio está localizado na estação ferroviária do Museu da Imigração.
Onde fica e como chegar
O Museu da Imigração fica na Rua Visconde de Parnaíba, 1316 no bairro da Mooca. A estação de metrô mais próxima é a Bresser-Mooca, da linha vermelha. Se você decidir ir de carro, há diversas vagas na rua em frente ao museu. Caso não consiga estacionar nessas vagas, há outras nas ruas ao redor.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O Museu da Imigração funciona das 9h às 18h, de terça a sábado e das 10h às 18h aos domingos (fechado às segundas)
- Os passeios de Maria-fumaça acontecem aos sábados e domingos às 11h, 12h, 13h, 14h30, 15h30 e 16h30
- A bilheteria fecha às 17h
- O ingresso tem o custo de R$ 16,00 (inteira)
- O passeio de Maria-fumaça tem o custo de R$ 40,00 (inteira)
- Entrada gratuita aos sábados (apenas para o museu, o passeio de Maria-fumaça é sempre pago)
- Para comprar seus ingressos, basta clicar aqui.
11. Museu da Imagem e do Som – MIS
O Museu da Imagem e do Som foi inaugurado em 1970 e possui uma coleção de mais de 200 mil itens, incluindo fotografias, câmeras, filmes, vídeos, cartazes e depoimentos. O museu ainda oferece cursos presenciais e on-line e uma variedade de programas culturais nas áreas de música, cinema e vídeo.
Contando com dois andares, o MIS tem exposições de longa duração, que geralmente ocorrem nos espaços do primeiro andar e apresentam itens do acervo do museu como na exposição “Linha do Tempo da Fotografia” (fevereiro de 2023 a julho de 2024) e exposições temporárias, que são apresentadas tanto no primeiro como no segundo andar do prédio.
Exposições maiores, como a “A tragédia do holocausto: a vida de Julio Gartner” (março a abril de 2024) geralmente ocorrem nos dois pavimentos. Nós visitamos essa exposição e ela estava muito, mas muito bem montada.
Esse é um dos museus em São Paulo que eu acho interessante que você verifique a programação antes de ir. Não há uma grande exposição permanente no MIS, então é sempre bom checar antes, verificar se tem algo que esteja rolando por ali que te interesse.
No MIS você ainda vai encontrar uma lojinha, um restaurante, o Pipo, e um café super simpático, o Café Mis.
Onde fica e como chegar
O Museu da Imagem e do Som fica na Avenida Europa, 158, Jd. Europa. As estações de metrô mais próximas são Consolação (linha verde), Faria Lima e Fradique Coutinho (as duas da linha amarela). Eu acho melhor descer na estação Faria Lima, que fica um pouco mais perto que as demais. Se você for de carro, há estacionamento no local com valet pelo custo de R$ 20,00 para visitantes do museu. É possível tentar estacionar nos arredores (zona azul), mas encontrar uma vaga pode não ser uma tarefa lá muito fácil.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O Museu da Imagem e do Som funciona das 11h às 19h, de terça a sexta, das 10h às 20h aos sábados e das 10h às 18h aos domingos e feriados (fechado às segundas)
- Algumas exposições são gratuitas e para outras, deve-se adquirir ingresso. O ingresso para as exposições pagas tem o custo de R$ 20,00 (inteira)
- Entrada gratuita às terças-feiras para todas as exposições.
12. MIS Experience
Construído em um galpão de 2 mil metros quadrados e 10 metros de pé direito, o MIS Experience é um espaço para exposições imersivas em São Paulo. Vinculado ao MIS e inaugurado em 2019, dos museus em São Paulo que apresentamos aqui, o MIS Experience é único no seu estilo. O museu utiliza tecnologias que ajudam o público a interagir de maneira mais envolvente com artistas e suas obras de arte.
A abertura do espaço aconteceu com a exposição Leonardo da Vinci – 500 anos de um gênio, que nós visitamos e estava, simplesmente, maravilhosa! A exposição recebeu quase 500 mil pessoas e foi um grande sucesso!
A última exposição que visitamos no MIS Experience foi “Chaves: a exposição”. E nós estamos falando da maior exposição sobre o Chaves já realizada no mundo! Foram reconstruídos mais de 20 cenários emblemáticos que fizeram parte da vida de milhões de espectadores no Brasil, desde a estreia do programa, 40 anos atrás. Também amamos essa exposição, super nos levou para nossa infância.
Assim como o MIS, o MIS Experience é um dos museus em São Paulo que você também deve verificar a programação antes de pensar em ir, ok? A proposta do museu é a produção de grandes exposições, que ocupam toda a área do galpão do MIS Experience, portanto, muito possivelmente, não haverá outras exposições rolando.
No espaço funciona um pequeno café, na área externa do galpão, mas que tem uns lanchinhos e salgados bem gostosos.
Quando nós fomos ver “Chaves: a exposição”, havia um ônibus gratuito que saía do metrô Barra Funda a cada uma hora, mas é bom checar nesse link aqui se ele estará disponível para outras exposições, bem como os horários e local de partida dele.
Onde fica e como chegar
O MIS Experience fica na Rua Cenno Sbrighi, 250, Água Branca. A estação de metrô mais próxima é a Palmeiras-Barra Funda (linha vermelha), mas o museu não fica lá muito perto da estação – quase 4 quilômetros de lá. Portanto, o ideal é pegar um ônibus ou um Uber/táxi. O MIS Experience fica a cerca de 15 minutos de caminhada das seguintes estações da CPTM: Lapa (Linha 7 – Rubi e Linha 8 – Diamante) e Água Branca (Linha 7 – Rubi). Se você for de carro, há estacionamento a 50 metros do museu, na Rua Adriano José Marchini, 170. O estacionamento custa R$ 25,00. Nos arredores é possível estacionar na rua também.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O MIS Experience funciona de terças a sextas e aos domingos e feriados das 10h às 19h, e das 10h às 20h aos sábados (fechado às segundas)
- O ingresso tem o custo de R$ 40,00 (inteira) de quarta a sexta
- O ingresso tem o custo de R$ 60,00 (inteira) aos sábados, domingos e feriados
- Entrada gratuita às terças-feiras – a depender da exposição, espere bastante fila e até mesmo considere que você pode não conseguir ingresso – que no dia de gratuidade somente pode ser adquirido na bilheteria do museu
- Entrada gratuita toda terceira quarta-feira do mês – mesmas regras acima.
- Para conferir a programação do MIS Experience e para comprar seus ingressos, basta clicar aqui.
13. Museu Catavento (Museu de Ciências)
Pois agora vamos falar de um dos museus em São Paulo mais legais de se visitar, especialmente se você estiver com crianças. Aliás, tá procurando um passeio bacana para fazer com os pequenos? Pode colocar o Museu Catavento na sua lista que a diversão vai ser garantida!
Nós levamos o nosso afiliado, João Pedro, e ele amou! Super interativo e cheio de informações, cores e texturas, o Museu Catavento é uma experiência e tanto.
O Museu Catavento está instalado no Palácio das Indústrias (antiga sede da Prefeitura de São Paulo). O prédio, projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo – o mesmo que projetou a Casa das Rosas na Paulista e o prédio da Pinacoteca, dentre outros – faz parte dos patrimônios históricos tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do estado de São Paulo.
O Palácio das Indústrias foi construído com o intuito de abrigar exposições relacionadas à indústria paulista, sendo inaugurado em 29 de abril de 1924. O Palácio seguiu como um centro de exposições até o ano de 1947, quando passou a abrigar a Assembleia Legislativa.
Posteriormente, na década de 70, abrigou também celas para presos comuns, configurando-se como sede da Secretaria de Segurança Pública. Passando por restauros projetados pela arquiteta Lina Bo Bardi – a mesma que concebeu o projeto do Masp – a partir de 1992, o local passou a ser o edifício sede da Prefeitura da Cidade de São Paulo, o que perdurou até o ano de 2004. Desde o dia 27 de março de 2009, o edifício abriga o Museu Catavento.
E a diversão já começa na área externa do museu. Locomotivas, aviões e até um caça F5 podem ser vistos nos jardins do museu.
Além disso, as brincadeiras já começam lá fora também. Cochiche com alguém sentado a 30 metros de distância de você por meio de uma concha em forma de parábola ou “mude de tamanho” em uma casinha pronta para mexer com os seus sentidos.
Do lado de dentro, o Museu Catavento é dividido em quatro seções: universo, vida, engenho e sociedade. Na seção universo, conheça um pouco sobre astronomia: o sol, os planetas, nosso sistema solar, nossa e outras galáxias e outras curiosidades astronômicas.
Bem como explore um pouco mais sobre o planeta Terra: faça um passeio do interior do planeta, explorando suas camadas, até a sua superfície. Veja maquetes sobre paisagens terrestres e relevos da terra. Nessa seção, ainda explore os seis biomas terrestres brasileiros.
Na seção vida, descubra um pouco sobre as origens da vida, sobre o corpo humano, sobre a estrutura do DNA. Saiba mais sobre Darwin e a teoria da evolução. Explore a vida nos oceanos, as aves do Brasil e muito mais!
Pertencendo à seção vida, mas na área externa do museu, está o borboletário do museu Catavento. O borboletário fica aberto para visitação das 10h30 às 16h, sendo que a visita precisa ser acompanhada de um monitor. Aguarde a chegada de um, caso não haja ninguém na entrada. As visitas duram 30 minutos.
Você ainda pode fazer uma viagem simulada em um submarino ou ter uma experiência imersiva de realidade virtual, viajando milhões de anos ao passado e conferindo os dinossauros que habitaram o território brasileiro, na atração Dinos do Brasil.
Para acessar essas duas atividades, bem como outras que ocorrem no museu, é necessário fazer um agendamento on-line. Não há um custo extra, mas o agendamento é necessário e ele está disponível às 09h para os horários da manhã e às 13h para a parte da tarde. Consulte as atrações que necessitam de agendamento e faça o seu agendamento através desse link.
Gente, nós fizemos escalada lá dentro, acreditam? Sim! Tem uma parede de escalada de 7 metros dentro do Museu Catavento. A atração chama-se Escalada dos Sábios e fica no salão azul, no segundo andar do museu. Ela tem esse nome porque mistura esporte e ciências humanas ao apresentar grandes personalidades da história da humanidade ao longo das quatro áreas de escalada. É necessário agendamento também.
A seção engenho apresenta o que o homem descobriu em Física e Química e o que desenvolveu com sua engenhosidade. As atrações incluem luz e óptica, mecânica, eletromagnetismo, som, calor, motores e mais.
Por fim, a seção sociedade mostra questões atuais que envolvem os relacionamentos entre os seres humanos, abordando temas como a igualdade racial, a preservação do meio ambiente, inteligência artificial, nanotecnologia, embalagens, resíduos e reciclagem.
Bem, já deu para perceber que tem coisa pacas para se fazer no Museu Catavento, né? Eu sugiro que você separe pelo menos metade de um dia para a visita, para ver as coisas com calma e curtir bem.
Além de tudo isso, o museu ainda conta com exposições temporárias. E no prédio, você também vai encontrar uma lojinha, a loja do Museu Catavento, e um café.
Onde fica e como chegar
O Museu Catavento fica na Avenida Mercúrio, S/N, Parque Dom Pedro II, no centro de São Paulo. As estações de metrô mais próximas são a Pedro II, da linha vermelha e a São Bento, da linha azul. Eu acho uma boa ideia ir de carro, lá tem um estacionamento bem amplo e que custa R$ 20,00 para visitantes por até 4 horas, sendo cobrado R$ 8,00 por hora adicional.
Horário de funcionamento e quanto custa
- O Museu Catavento funciona das 9h às 17h, de terça domingo (fechado às segundas)
- O ingresso tem o custo de R$ 16,00 (inteira)
- Entrada gratuita às terças-feiras.
14. Museu de Arte Brasileira – MAB FAAP
Dos museus em São Paulo que estamos expondo aqui, o MAB é o nosso penúltimo. O Museu de Arte Brasileira está localizado na FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado, instituição de ensino superior – e foi um desejo de seu patrono, Armando Alvares Penteado, manifestado em vida e em seu testamento.
Assim, em 1961 foi inaugurado o Museu de Arte Brasileira. O MAB foi concebido como um museu de arte visuais, focado em arte brasileira produzida por artistas brasileiros ou estrangeiros radicados no Brasil. Atualmente, o acervo conta também com uma coleção de arte estrangeira, atrelada ao programa de atividades da FAAP.
O núcleo inicial do acervo do MAB remonta à doação feita por Annie Penteado – esposa de Alvares – de um conjunto de obras pertencentes à coleção particular do casal. Atualmente, o acervo conta com cerca de 3500 obras inerentes à historia das artes brasileiras dos séculos XIX, XX e XXI. Lembrando que essas obras não estão todas expostas no museu de forma permanente, pois não há uma exposição nesse sentido por lá, ok?
Existem três áreas de exposições permanentes no MAB: o Jardim das Esculturas, o Saguão e os maravilhosos Vitrais do museu.
O Jardim das Esculturas conta com uma área de 1245 metros quadrados e começou a ser implantado na década de 1970 com caminhos que circundam as obras, tendo recentemente sido incorporados bancos para facilitar a observação delas, bem como a permanência dos visitantes no espaço.
O Saguão é um lugar lindíssimo, a área mais bonita do MAB, com certeza! Ele abriga réplicas em gesso de obras do Barroco brasileiro, produzidas por volta de 1961, e cedidas ao museu quando de sua inauguração pelo Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Chamando bastante atenção no espaço estão moldagens em gesso de portais e de peças de arte sacra de autoria de Antônio Francisco Lisboa – o Aleijadinho. No Saguão podem ser apreciados 10 profetas do Adro do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG, e outras 9 peças de Igrejas das cidades de Ouro Preto, Congonhas e Sabará, em Minas Gerais, e Salvador, na Bahia.
Outro destaque no Saguão são os vitrais do MAB, que são o grande cartão de visita do museu. Os vitrais foram instalados inicialmente entre 1958 e 1960, sob a coordenação de Pietro Maria Bardi e Claudia Andujar, artista húngara radicada no Brasil. O painel da escadaria é formado por 192 peças, das quais 59 são imagens criadas por diversos artistas.
No teto, existe uma imensa claraboia, que ficou por conta de Claudia Andujar e é composta por 121 partes. O conjunto representa a floresta tropical idealizada pela artista – que viajou pela Amazônia registrando – e revelando ao mundo – a existência e o extermínio do povo Yanomami. Nós vimos uma exposição bem legal do trabalho dela no Centro Cultural Itaú, na Avenida Paulista.
Além disso, diversas exposições temporárias têm espaço no museu e sempre vale a pena conferir a programação do MAB. Há exposições no segundo andar do museu, no espaço aberto subindo as escadarias, bem como nas salas do térreo: o Salão Cultural e a Sala Annie Alvares Penteado.
Nós visitamos na Sala Annie Alvares Penteado a exposição “Desígnio” de Newton Mesquita (fevereiro/março 2024) e ela estava, simplesmente, incrível! Para conferir a agenda do MAB, basta clicar aqui. Esse também é um dos museus em São Paulo em que vale a pena conferir a programação antes de ir. Se quiser ver os vitrais e o saguão do MAB, pode ir, mas pesquise sobre as exposições antes para ver se mais alguma coisa te interessa.
Onde fica e como chegar
O MAAB fica na Rua Alagoas, 903, Higienópolis. Se decidir ir de carro, na rua do museu há vagas onde você pode estacionar no sistema zona azul, além disso o museu não fica longe da Praça Charles Miller (500 metros) onde há diversas vagas – também no sistema zona azul. De metrô, você pode descer na estação Higienópolis-Mackenzie da linha amarela (1,3 km até o museu) ou na estacão Marechal Deodoro da linha vermelha (1,6 km até o museu).
Horário de funcionamento e quanto custa
- O museu funciona das 10h às 18h, de quarta a segunda (fechado às terças)
- Entrada gratuita todos os dias
15. Museu do Futebol
E sabem quem fica na Praça Charles Miller? Para os amantes do futebol essa é uma pergunta fácil, né? Bem, ali fica o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o famoso Estádio do Pacaembu. E sabem o que funciona dentro do estádio? Isso mesmo, um museu! O Museu do Futebol.
Dentre os museus em São Paulo dos quais falamos aqui, esse, eu devo confessar, é o que menos me chama a atenção, já que não sou muito fã do esporte – tanto que não o visitei (ainda) – até porque a exposição permanente do museu está passando por uma reforma que está prevista para ser finalizada no primeiro semestre de 2024.
Quando passamos por lá em março de 2024, estava rolando a exposição temporária “Futebol de Brinquedo” bem voltada ao público infantil mesmo. Assim, o Museu do Futebol conta com uma exposição permanente e com exposições temporárias e assim que possível – e que a obra tiver terminado – eu dou um pulinho por lá e conto mais sobre esse museu aqui para vocês, ok?
Mas já adianto uma dica ótima aqui: gosta de pastel? Pois tem barracas de pastel na Praça Charles Miller que vendem pastéis simplesmente maravilhosos! A cidade de São Paulo é “famosa”, dentre outras tantas coisas, por seus pastéis de feira e às terças, quintas, sextas e sábados as barquinhas de pastel estão lá na praça – as barracas ficam por ali até 13h/14h, ok?
Onde fica e como chegar
O Museu do Futebol fica na Praça Charles Miller, Higienópolis. Se decidir ir de carro há diversas vagas na praça que funcionam no sistema zona azul. De metrô, você pode descer na estação Paulista da linha amarela (900 metros até o museu) ou na estação Clínicas da linha verde (1 km até o museu).
Horário de funcionamento e quanto custa
- O museu funciona das 9h às 17h – com permanência até às 18h, de terça a domingo (fechado às segundas)
- Abertura noturna: a cada primeira terça-feira do mês, o museu funciona das 9h às 20h (com permanência até às 21h)
- O ingresso custa R$ 14,00 (inteira) – durante a reforma, o acesso à exposição temporária “Futebol de Brinquedo” é gratuita
- Entrada gratuita às terças
- Para mais informações e para comprar os seus ingressos, acesse o site oficial do Museu do Futebol aqui
E aí, qual museu chamou mais a sua atenção?
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